VI Newsletter PROFILES (Agosto de 2014)

Caros leitores,

O sexto boletim do projeto PROFILES centra-se na avaliação dos ganhos significativos dos alunos, onde os parceiros investigaram o impacto da aplicação dos módulos PROFILES. Bons exemplos dos parceiros de Berlim e checos são mostrados na primeira parte deste boletim.

Além disso, os novos parceiros do projeto da Suécia e da Dinamarca, bem como os parceiros da Suíça e da Itália, dão uma visão das suas atividades PROFILES, incluindo os seus cursos de desenvolvimento profissional contínuo e atividades de rede (NETWORK), o desenvolvimento dos módulos PROFILES, assim como uma avaliação dos ganhos dos estudantes.

Finalmente, este boletim dá uma visão geral de (futuros) congressos nacionais e internacionais.

A equipa PROFILES

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Tópicos da presente newsletter

  1. Porquê e como avaliar os ganhos dos alunos e o impacto do PROFILES na motivação dos alunos
    1. Introdução
    2. Algumas observações sobre a base teórica das análises MoLE
    3. Observações
  2. Conteúdo Inspirador em Módulos PROFILES- Experiências pelos parceiros checos PROFILES

1. Porquê e como avaliar os ganhos dos alunos e o impacto do PROFILES na motivação dos alunos

(por Claus Bolte – Freie Universität Berlin, Germany)

1.1 Introdução

Como o PROFILES leva o slogan “Educação pela Ciência” a sério, os seus parceiros estão interessados em saber como os alunos podem beneficiar se eles participam em aulas de ciências tipo PROFILES. Por esta razão, dentro do pacote de trabalho 7 (WP7: “Os ganhos dos alunos”), os parceiros concordaram em investigar o impacto dos ambientes de aprendizagem tipo PROFILES (os chamados “módulos PROFILES”) no quadro das intervenções PROFILES realizadas no âmbito dos programas PROFILES de desenvolvimento profissional contínuo (DPC) CPD, a fim de descobrir como o ensino de ciências do tipo PROFILES promove impacto sobre a motivação dos alunos para aprender ciência.

Portanto, uma questão principal que os parceiros PROFILES querem responder é: Como é que os alunos avaliam o ambiente de aprendizagem motivacional em aulas de ciências PROFILES? Os parceiros tentam responder a esta questão, avaliando aspectos motivacionais (variáveis), tais como a satisfação dos estudantes nas suas aulas de ciências. Este aspeto é importante ao avaliar os benefícios dos alunos, como estudantes que são individualmente mais satisfeitos, com as suas aulas de ciências e se estão mais motivados a aprender ciência. Se os alunos mostram um alto grau de satisfação com a educação científica no âmbito da implementação do PROFILES, pode-se concluir que os módulos PROFILES (ver WP4) e as abordagens de ensino e aprendizagem PROFILES, com o qual os professores se envolveram activamente ao longo dos programas PROFILES DPC (ver WP5) , levaram a um aumento dos ganhos significativos dos alunos.

Há um enorme número de abordagens e estudos que afirmam que o foco na motivação dos estudantes e a questão de como melhorar e avaliar isso, prometendo conhecimentos significativos e esclarecedores. No entanto, se dermos uma olhadela mais de perto, a qualidade científica das contribuições e recomendações, a solidez teórica e sua utilidade prática tornam-se mais e mais duvidosas (Bolte, Streller e Hofstein, 2013).

Desde o início da minha carreira de investigação, eu dediquei grande parte dos meus esforços para a avaliação dos ganhos dos estudantes – ou para ser mais preciso com a terminologia: nas (auto) avaliações realizadas por alunos sobre como eles percebem e avaliam aspectos centrais (variáveis) dos inquéritos “Ambientes de aprendizagem motivacional“ ou “Motivacional Learning Environment [MoLE]” nas (suas) aulas de ciências (Bolte, 1995).

Para manter curta uma longa história: Depois de mais de 20 anos de pesquisa sobre a forma de avaliar as autoavaliações dos estudantes das suas aulas de ciências em relação à sua percepção do ambiente de aprendizagem motivacional em suas aulas de ciência, tenho desenvolvido um instrumento que tende a ser, teórica e empiricamente, fácil de manusear e não demorado (Bolte, 1995; Bolte, 2006). As nossas experiências com a aplicação do instrumento MoLE em diferentes estudos convenceu os parceiros PROFILES a usarem o instrumento Mole para avaliar o impacto e sucesso das atividades PROFILES nos ganhos dos alunos.

1.2 Algumas observações sobre a base teórica das análises MoLE

Para aqueles que estão interessados na base teórica do instrumento MoLE e as análises com base em recolhas de dados por meio de questionários MoLE, eu recomendo a leitura do um ou outro artigo listado nas referências no final desta contribuição.

Para quem quer saber as informações necessárias, tão breve quanto possível, eu gostaria de responder à pergunta de quais são os aspectos de base teórica (variáveis) cujo instrumento Mole é centrado.

Baseado na minha experiência, posso afirmar que, se um professor está interessado na atmosfera motivacional das suas aulas, ele ou ela deve-se concentrar na forma como os alunos percebem e avaliam os seguintes aspetos (ou para ser cientificamente mais sofisticado: “escalas ou dimensões”) do ambiente de aprendizagem motivational nas suas lições de ciências (Bolte, 1995; 2006); a saber:

  • Satisfação,
  • Compreensibilidade/requisitos,
  • Orientação da matéria,
  • Relevância dos temas,
  • Oportunidades dos alunos em participar,
  • Cooperação entre as classes e
  • A disposição de cada aluno em participar.

Um modelo de instrução empiricamente testado e aplicado pode ilustrar porque é que estes aspectos (variáveis, escalas ou dimensões) são dignos e importantes para se concentrar numa, e como, única variável afeta as outras (ver figura 1).

PROFILES-Newsletter-Esquema

Figura 1: Base teórica e modelo de fundamentação empírica observando o impacto das diferentes variáveis MoLE na motivação (intrínseca) dos estudantes da aprendizagem em ciência

Mas que quantidade de informação é que um professor – interessado na motivação dos seus/suas alunos (as) a aprender ciência – realmente consegue ter, se ele/ela lhes pede para comentar apenas sobre as suas percepções sobre o ambiente de aprendizagem das suas aulas de ciências? Como é que isso está relacionado com o que, e como, os alunos querem aprender? O que eles realmente esperam da (escola) educação científica, e/ou como é que eles realmente querem tornar-se cientificamente educados?

Para receber uma resposta mais sofisticada e cientificamente válida para essas perguntas, eu – como um professor que tenta iniciar a “Educação pela Ciência” – sinto necessidade de saber mais sobre o que os meus alunos esperam das aulas de ciências e da sua educação científica: Eu preciso saber como é que os meus alunos querem que as suas aulas de ciências querem que seja. Por outras palavras: os pesquisadores consagrados em ambiente de aprendizagem reconhecem isso – num termo fácil (como as pessoas inteligentes fazem): “Não perguntes aos teus alunos apenas como eles percebem e avaliam as aulas (em geral), mas pede-lhes também como desejam que a aula seja.”

A partir dessas considerações, o instrumento MoLE foi criado, por um lado para se concentrar em aspectos motivacionais da aprendizagem dos alunos, em geral, de modo a obter informações sobre a sua “avaliação da realidade” (versão “REAL”) e, por outro lado , acerca das reflexões dos alunos sobre como eles desejam que as suas aulas de ciência possam ser (versão “IDEAL”).

Se eu sei ambos – os desejos dos meus alunos (as suas aulas ideais) e a perceção da sua realidade (as suas aulas reais), então eu posso combinar as avaliações do desejo e da realidade e calcular valores IDEAL-menos-valores REAL, ou como eu lhes chamo: as diferenças “Wish-a-Reality” (DRT) ou “Diferenças do desejo para a realidade”. Estas diferenças desejo-para a-realidade oferecem perceções sobre como os alunos avaliam o que foi feito (mais ou menos) bem e em que são necessárias áreas de mudanças, a fim de melhorar as aulas de ciências.

Portanto, do meu ponto de vista, parece plausível e significativo a utilização do instrumento MoLE, e da abordagem correspondente, como a base de análise e avaliação dos ganhos dos seus alunos.

Um professor pode ganhar muito mais conhecimentos do que os que acabei de mencionar em investigações MoLE (por exemplo, como meninos ou meninas, alunos do ensino médio ou superior, talentosos ou crianças menos dotadas, avaliam as aulas de ciências em geral (por exemplo, PROFILES ou aulas não PROFILES), ou em que campos das aulas de ciências os alunos percebem as deficiências mais importantes (ou as diferenças desejo-para a-realidade). Contudo, para expressar todas as oportunidades que o instrumento MoLE pode fornecer seria muita informação para esta Newsletter PROFILES. Contudo, alguns exemplos de como os parceiros PROPILES usaram os questionários MoLE, e que ideias receberam por meio da análise dos dados que recolheram, são compartilhados nesta newsletter.

1.3 Observações

Todos os módulos PROFILES (ou qualquer outra abordagem prática inovadora) podem ser avaliados por meio do “Questionário para a avaliação da ‘Motivacional Learning Environment” (MoLE) “, e o grupo PROFILES da Freie Universität Berlin recomendam-no como o mais plausível e apropriado. A maioria dos parceiros PROFILES já estão a usar os questionários MoLE e a experimentar os benefícios e desafios dos questionários MoLE. De tudo isto, estão a reunir-se perceções sobre a motivação dos alunos para aprender ciência e/ou a forma como a motivação dos seus alunos está em desenvolvimento na condução do ensino das ciências e nas abordagens inovadoras, tais como a aprendizagem PROFILES. Neste volume da Newsletter PROFILES, alguns parceiros contribuiram com as suas experiências relacionadas com as diferentes versões do questionário do instrumento MoLE. Os relatórios dos parceiros sobre a análise dos seus dados MoLE oferecem perceções para as suas análises de campo com base em dados empíricos.

Referências

Albertus, M., Bolte, C., & Bertels, N. (2012). Analyzing the Relevance of Science Education from Students’ Perspectives regarding Developmental Tasks, Self and Prototype Attitudes and Motivation. In C. Bolte, J. Holbrook & F. Rauch (Eds.), Inquiry-based Science Education in Europe: First Examples and Reflections from the PROFILES Project (pp. 75–78). Berlin: Alpen-Adria-Universität Klagenfurt.

Bolte, C. (2012). How to analyse and assess students’ motivation to learn chemistry. In M. Kapanadze & I. Eilks, (Eds.), Student Active Learning in Science (pp. 36–38). Ilia State University Press. Tbilisi (Georgia).

Bolte, C. (2012), & Streller, S. (2012). Evaluating Students Active Learning in Science Courses. Chemistry in Action!, 97, 13–17.

Bolte, C., & Streller, S. (2011). Evaluating Student Gains in the PROFILES Project. Proceedings of the European Science Educational Research Association (ESERA), Lyon, France, September 2011. Retrieved from: http://lsg.ucy.ac.cy/esera/e_book/base/ebook/strand5/ebook-esera2011_BOLTE_1-05.pdf (31.05.2012).

Bolte, C. (2006). As Good as It Gets: The MoLE-Intrument for the Evalua¬tion of Science Instruction. Paper presented at the Annual Meeting of the National Association for the Research on Science Education (NARST), San Francisco, USA, April 2006 (Polyscript).

Bolte, C. (2001). How to Enhance Students´ Motivation and Ability to Communicate in Science Class-Discourse. In H. Behrendt and others (Eds.), Research in Science Education – Past, Present, and Future (pp. 277–282). London: Kluwer Academic Publishers.

Bolte, C. (1995). Conception and Application of a Learning Climate Questionnaire based on Motivational Interest Concepts for Chemistry Instruction at German Schools. In D.L. Fisher (Ed.), The Study of Learning Environments (pp. 182–192). Vol. 8. Perth, Australia: Curtin University.

Streller, S., & Bolte, C. (2011). A Longitudinal Study on Science Interests. Proceedings of the European Science Educational Research Association (ESERA), Lyon, France, September 2011. Retrieved from: http://lsg.ucy.ac.cy/esera/e_book/base/ebook/strand10/ebook-esera2011_STRELLER-10.pdf (31.05.2012).


2. Conteúdo Inspirador em Módulos PROFILES- Experiências pelos parceiros checos PROFILES

(por Josef Trna & Eva Trnova – Masarykova Univerzita, Czech Republic)

Na sociedade atual maiores demandas estão a ser colocadas em sistemas de ensino para produzir estudantes que dominam, não só as competências da ciência e do conhecimento, mas especialmente capacidades e conhecimentos que são essenciais para o sucesso do quotidiano e da vida profissional. Essas competências cruciais para os trabalhadores modernos são muitas vezes referidas como “aprendizagem para a vida e o trabalho.” Estas incluem aprender a pensar criticamente, de analisar e síntetizar informações, para resolver problemas numa variedade de contextos, para trabalhar efetivamente em equipa e fomentar a autoeducação (Pellegrino & Hilton, 2012). Para que os alunos alcancem estes resultados educacionais, os professores precisam de métodos de ensino adequados. Primeiramente, é necessário aumentar a motivação dos alunos. Os alunos chegam à sala de aula com diferentes graus de motivação. Nós consideramos a motivação, de todos os alunos em relação à aprendizagem de ciência e tecnologia, essencial e ainda uma tarefa muito pesada para os professores.

Professores de ciências checos lutam com baixos níveis de motivação nos estudantes. De acordo com a investigação conduzida sob o PISA, a maioria dos estudantes checos que participaram no PISA estão entediados durante as aulas. Uma queixa muito comum pelos professores checos é “os meus alunos estão desmotivados!” Por sua vez, os estudantes checos muitas vezes fazem perguntas como “O que está dentro dele para mim?” Ou “Sim, mas o que eu vou usar isso para quê?” Os alunos estão céticos sobre o significado do material ensinado para eles na sala de aula. Parece que estas perguntas estão à procura de relevância, mas inicialmente não encontram um conteúdo importante para eles. Os módulos PROFILES são uma solução adequada para ambos os problemas – eles são baseados em problemas da vida quotidiana, de modo a que sejam relevantes para o aluno e o conhecimento da questão relevante promova a motivação dos alunos.

Os módulos PROFILES são destinados a criar um ambiente de aprendizagem oportuno, porque os ganhos cognitivos dos alunos são afetados principalmente pelas suas experiências dentro da escola e, com um assunto correspondente ao seu leque de interesse. Por isso, utilizamos os Ambientes de Aprendizagem motivacionais nas aulas de ciências, instrumento (MoLE) (Bolte, 2006), tal como acordado pelo comité diretivo PROFILES, para determinar o impacto motivacional de módulos PROFILES e traduzi-los para o idioma checo. Os professores PROFILES aplicaram os questionários MoLE nas salas de aula onde os módulos PROFILES foram utilizados. Os alunos responderam aos itens do questionário duas vezes, no início do ano letivo, antes da implementação de módulos PROFILES e, pela segunda vez, após a instrução baseada em módulos. Após a primeira rodada dos CPD PROFILES, foram coletadas 634 respostas de uma amostra representativa de alunos com idade entre 14-15 anos, 318 meninos e 316 meninas de 22 escolas secundárias.

Dado o âmbito deste trabalho e do interesse dos professores checos, concentrámo-nos em questões que dizem respeito à relação dos alunos com a relavância de conteúdos. Os alunos exprimiram as suas opiniões sobre se as suas aulas contêm o que eles precisam no dia a dia, e se são importante para o desenvolvimento da sociedade. Os estudantes determinam o nível de importância da ciência por meio das Escalas na versão REAL do MoLE (com foco na forma como os alunos percebem as suas aulas de ciências reais) ea versão MoLE IDEAL (com foco na forma como os alunos desejam que as suas aulas de ciência possam ser). Os resultados parciais do inquérito são mostrados abaixo (ver Tabela 1 e 2).

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Tabela 1: Resultados do questionário antes da implementação dos módulos PROFILES

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Tabela 2: Resultados do questionário depois da implementação dos módulos PROFILES

Dado o âmbito deste trabalho e do interesse dos professores checos, concentrámo-nos em questões que dizem respeito à relação dos alunos com a relavância de conteúdos. Os alunos exprimiram as suas opiniões sobre se as suas aulas contêm o que eles precisam no dia a dia, e se são importante para o desenvolvimento da sociedade. Os estudantes determinam o nível de importância da ciência por meio das Escalas na versão REAL do MoLE (com foco na forma como os alunos percebem as suas aulas de ciências reais) ea versão MoLE IDEAL (com foco na forma como os alunos desejam que as suas aulas de ciência possam ser). Os resultados parciais do inquérito são mostrados abaixo (ver Tabela 1 e 2).

As respostas dos alunos antes de implementar módulos. Relacionado com as lições reais, menos do que um quarto dos estudantes (22%) considera o conteúdo da ciência, até certo ponto, tão importante (extremamente importante + muito importante + importante) para as suas vidas quotidianas e 45% dos estudantes acreditam que é importante para a sociedade. Pelo contrário, 44% dos estudantes consideram o conteúdo da ciência, até certo ponto sem importância (algo sem importância muito + muito sem importância + extremamente sem importância) para suas vidas quotidianas e cerca de 25% dos alunos consideram como sem importância para a sociedade. Aproximadamente um terço dos estudantes manifestaram uma opinião neutra para ambas as perguntas. Podemos dizer que os alunos acham que o conteúdo de ciências é importante do ponto de vista das necessidades da sociedade, mas não para as suas vidas quotidianas.

Os alunos também expressaram os seus desejos sobre o conteúdo da ciência numa aula de ciências ideal. Mais da metade (56%) dos estudantes gostariam que o conteúdo científico fosse relacionado com a quotidiana e 62% dos alunos disseram que o conteúdo da ciência deve ser benéfico para a sociedade. Pudemos ver uma diferença significativa entre o desejo ea realidade, do ponto de vista dos alunos. Eles queriam estudar temas relacionados com a vida de cada dia, ou que fossem relevantes para eles. Cerca de um quarto das respostas dos alunos foram neutras para ambas as perguntas.

As respostas dos alunos após a implementação dos módulos. Podemos ver uma diferença significativa em comparação com os resultados anteriores. Há uma mudança nas respostas dos estudantes em relação à perceção da “importância” de tópicos em todas as questões, mas é mais evidente no caso de aulas reais. Cerca de 10% dos estudantes mostram uma mudança de mentalidade sobre a importância da aula de ciências para o seu dia a dia, depois de uma implementação dos módulos PROFILES e aproximadamente 6% no caso da sociedade. O número de alunos com opiniões neutras é quase o mesmo. É compreensível que os resultados referentes à lição ideal variem pouco.

A nossa pesquisa confirma a experiência internacional de que os problemas da vida quotidiana motivam e inspiram os alunos a estudar ciência. Há uma contradição evidente entre o que é realmente ensinado nas escolas checas e o que os alunos gostam de ser ensinado. Uma ausência de relevância de conteúdo é uma queixa comum dos estudantes checos sobre as suas aulas de ciências e uma razão para a falta de vontade de continuar a estudar ciência na universidade. Estes resultados suportam outros estudos realizados na República Checa (MEYSCR de 2008; MEYSCR, 2010). Os educadores de ciências precisam de considerar este facto quando inovam os métodos de ensino/aprendizagem. É necessário prestar atenção a esta questão durante o DPC de professores checos. O que é visto como relevante pelos professores e outros adultos não pode ser considerado como relevante pelos jovens. De acordo com entrevistas com os professores PROFILES, um grande benefício dos DPC PROFILES é que eles aprendem a criar módulos (aulas) com base em questões que os alunos consideram importantes e interessantes para eles.

Referências

Bolte, C. (2008). A Conceptual Framework for the Enhancement of Popularity and Relevance of Science Education for Scientific Literacy, based on Stakeholders’ Views by Means of a Curricular Delphi Study in Chemistry. Science Education International. 19(3), 331–350.

Ministry of Education, Youth and Sports CR. (2008). Důvody nezájmu žáků o přírodovědné a technické obory. Výzkumná zpráva. Retrieved from MEYSCR web: http://ipn.msmt.cz/data/uploads/portal/Duvody_nezajmu_zaku_o_PTO.pdf (15.01.2012).

Ministry of Education, Youth and Sports CR. (2010). Talent nad zlato. Retrieved from MEYSCR web: http://userfiles.nidm.cz/file/KPZ/KA1-vyzkumy/brozura-talentnadzlato-web.pdf (15.01.2012).

Pellegrino, J. W., & Hilton M., L. (2012). Education for life and work: developing transferable knowledge and skills in the 21st century. Washington, D.C.: National Academies Press

23-08-14 | escrito por josebarros | Newsletters | Deixar um Comentário

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